Se não foi você quem teve a iniciativa para o divórcio, pode estar sentindo muita tristeza, raiva, perda e medo.
Você também pode acreditar que seu marido deveria ser responsabilizado pelo que fez a você, ou por trair seus votos matrimoniais.
Esses sentimentos podem variar muito: vão desde a busca por um acordo tranquilo à sede imensa por vingança.
É importante aceitar, contudo, o fato de que não há nada que você possa fazer legalmente para impedir seu cônjuge de seguir em frente com o divórcio, caso esse realmente seja o desejo dele.
Se você não está emocionalmente pronta, pode ter dificuldades em tomar decisões importantes e determinantes, necessárias para o começo de sua nova vida, o que torna bastante compreensível que possa querer retardar o divórcio.
O adiamento do divórcio pode ser facilmente negociado entre as partes, especialmente com a ajuda de advogados familiaristas e que colaborem entre si.
Atrasar o processo judicial pode dar tempo às partes – especialmente àquele que não tomou a iniciativa – para que se ajustem emocionalmente e, assim, consigam tornar mais claras as decisões que precisem tomar com relação aos filhos e ao seu patrimônio.
Por exemplo, não seria ótima a possibilidade de acordo provisório, com a fixação de algumas questões patrimoniais e que envolvesse as crianças? E se esse acordo envolvesse a não judicialização pelo prazo de 6 meses?
O prazo seria bastante razoável para que as partes pudessem se estruturar emocionalmente e, assim, conseguir tomar melhores decisões.
Um advogado especialista é capaz de perceber o que, de fato, está acontecendo entre as partes e, assim, sugerir soluções como, por exemplo, uma espécie de teste para a convivência com as crianças ou, então, a não judicialização por um prazo razoável.
Lembre-se, o essencial é invisível aos autos.
A missão de cuidar da criança é dos pais.